O mês de dezembro chegou trazendo a campanha “Dezembro Vermelho”, que reforça a solidariedade às pessoas infectadas pelo vírus HIV e conscientiza a população sobre a prevenção.
No post de hoje, vamos falar sobre o vírus e a doença que provoca a Aids. Atualmente, o HIV acomete 37,9 milhões de pessoas em todo o mundo (estatística até o fim de 2018).
Índice
Como surgiu a campanha Dezembro Vermelho?
O dia 01/12 é considerado Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
A data foi escolhida pela Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU.
No Brasil, a campanha foi aderida a partir de 1988, através de uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.
Saiba o significado do laço da campanha Dezembro Vermelho
A ideia do laço vermelho surgiu em 1991, quando um grupo de profissionais de arte, chamado Visual Aids, de Nova York, quis homenagear amigos e colegas que estavam falecendo ou já haviam falecido em decorrência da infecção com HIV.
Segundo Frank Moore, integrante do grupo, o laço vermelho foi escolhido devido à sua ligação com o sangue – e também porque a cor transmite uma ideia de paixão.
A inspiração veio do laço amarelo, que honrava os soldados americanos durante a Guerra do Golfo.
O laço vermelho é o símbolo-chave na luta contra a AIDS, reforçando a necessidade da realização de ações e pesquisas sobre a epidemia.
É interessante lembrar que ele foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons, durante a cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991.
O que é Aids?
Causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV – em inglês), a doença ataca o sistema imunológico, que é responsável pela defesa do organismo.
O HIV é um retrovírus transmissível através do contato sexual de forma desprotegida.
Conheça suas características:
- Infecção das células do sangue e do sistema nervoso;
- Período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas;
- Supressão do sistema imune.
O sistema imunológico é composto por milhões de células de diferentes tipos e funções.
Elas são responsáveis pela garantia da defesa do organismo e pelo funcionamento do corpo livre de doenças.
Os linfócitos T-CD4+ são os principais alvos do HIV e do HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível (DST).
Na propagação da doença, o que ocorre é a penetração do vírus HIV no interior da célula CD4 para multiplicar-se.
A partir daí o sistema de defesa do corpo humano vai perdendo a capacidade de proteção, tornando-o mais vulnerável a doenças.
Como ocorre a transmissão do HIV?
A transmissão ocorre das seguintes formas:
- Sexo vaginal sem o uso de preservativos;
- Sexo anal sem o uso de preservativos;
- Sexo oral sem o uso de camisinha;
- Uso de seringa por mais de uma pessoa;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
- Instrumentos que furam e não são esterilizados.
Infelizmente, o preconceito ainda é muito acentuado e, por falta de informações adequadas, a população ainda tem muitos tabus e mitos relacionados à transmissão da Aids.
Confira abaixo o que não transmite a doença:
- Ato sexual com proteção adequada;
- Beijo no rosto ou na boca;
- Suor e lágrima;
- Picada de inseto;
- Aperto de mão/ abraço;
- Sabonetes, toalhas e lençóis compartilhados;
- Talheres e copos compartilhados;
- Piscinas compartilhadas;
- Banheiros compartilhados; etc.
Sintomas da Aids
Como já dissemos anteriormente, quando ocorre a infecção com o vírus HIV, o sistema imunológico do corpo humano é atacado.
A infecção aguda é a primeira fase da doença e é onde ocorre a incubação do HIV, período que varia entre três a seis semanas.
Após a infecção, o organismo leva de 30 a 60 dias para produzir anticorpos anti-HIV.
Bem, os primeiros sintomas são parecidos com os de uma gripe e inclui febre e mal-estar.
Quando a doença avança e as células de defesa sofrem muitos ataques, elas começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas, permitindo que o organismo fique fraco e vulnerável a infecções comuns.
Posteriormente, a fase sintomática é marcada por:
- Febre;
- Diarreia;
- Suores Noturnos;
Diagnóstico
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral.
No Brasil, os exames laboratoriais e testes rápidos detectam os anticorpos contra o vírus em aproximadamente 30 minutos.
Os testes também são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, de forma gratuita, nas unidades de saúde da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Tratamento contra a Aids
Todas os indivíduos diagnosticados com HIV têm direito a iniciar o tratamento contra a Aids com antirretrovirais imediatamente.
O coquetel de medicamentos impede que o vírus se replique dentro das células T-CD4+, evitando assim, que a imunidade caia e que a Aids apareça.
A Profilaxia Pós-Exposição de Risco (PEP) é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo vírus HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis.
A PEP deverá ser utilizada após situações, como as listadas abaixo, em que exista risco de contaminação:
- Violência Sexual;
- Relação sexual desprotegida (sem o uso de preservativos ou caso tenha ocorrido o rompimento dos mesmos);
- Acidente de trabalho (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).
No caso do HIV, a PEP é utilizada com o uso de medicamentos antirretrovirais, visando à redução do risco de infecção em situações de exposição ao vírus.
Considerada uma urgência médica, a profilaxia deverá ser iniciada preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e, no máximo, em até 72 horas.
Oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a duração da profilaxia (PEP) é de 28 dias, e o paciente deverá ter acompanhamento integral da equipe de saúde.